terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Consultório de Dr. Edgard Achê e de Dr. Luis Carlos Raya é lembrado


Consultório de 30 anos fez história na região

Luís Carlos Raya atendeu crianças de todas as idades e fez escola que sobrevive à sua morte há 10 anos


 
O consultório dos pediatras Luís Carlos Raya, Edgar Achê (já falecidos) e Mariano de Oliveira funcionou durante 32 anos (de 1972 a 2004) e atendeu perto de 35 mil crianças e adolescentes. Era o porto seguro de mães aflitas, inseguras e ansiosas.


Luís Carlos Raya era o mago que distribuía saúde aos pequenos. O consultório desapareceu logo depois de 18 de setembro de 2004, dia em que Raya morreu, vítima de câncer. Ele tinha 69 anos.
Nasceu em Rio Claro, em 20 de novembro de 1934, com o dom do humanismo. 

Foi criado entre livros e brinquedos. Seu pai, dono da Livraria Brasil, tinha também tipografia e papelaria.
Chegou em Ribeirão em 1954 e formou-se na 4ª turma da Faculdade de Medicina da USP, em 1960. De 61 a 62, foi residente e assistente do professor José Renato Woiski. Seu currículo é uma lição de vida.
Foi secretário municipal da Saúde em três governos: de janeiro de 1983 a dezembro de 1988; de outubro de 94 a dezembro de 96; e de 2001 a 2004.

Coube a ele iniciar a implantação de Unidades Básicas de Saúde. Seu trabalho, reconhecido, fez com que comandasse, em junho de 1996, o 10º Encontro de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo. Ele tinha exemplos a oferecer.

Entre outros cargos importantes nas áreas da saúde e médica, ainda encontrou tempo, disposição e gosto para presidir a Academia Ribeirão-pretana de Letras, de 1984 a 1995.

Foi autor de dois livros “Educação, caminho para a liberdade” e “Da infância à adolescência; da teoria à pratica”. Escreveu em todos os jornais de Ribeirão Preto e colaborou em várias publicações.

Raya manteve também atuação social marcante

Em 1961, Raya conheceu a professora Wanda Aprili, nascida em Sertãozinho. O encontro se deu na casa de Terezinha, irmã de Vanda, e casada com o advogado Said Issa Halah. Foi paixão à primeira vista. Em menos de um ano estavam casados. Vieram quatro filhos, Gisela (46), Marco (45), Isabela (42) e Lívia (35) e oito netos.

Em 64, com o golpe militar, um grande susto. O humanista, espírita e comunista declarado, foi detido pelos militares.

Apresentou-se na 5ª CSM (Circunscrição Militar) e acabou detido por alguns dias. Várias manifestações foram feitas pedindo a sua imediata soltura.

Raya voltaria à politica para realizar um trabalho proficuo: idealizar e iniciar as construções das Unidades Básicas de Saúde (UBDS), em Ribeirão Preto.

fonte: http://www.jornalacidade.com.br/noticias/cidades/NOT,2,2,921231,Consultorio+de+30+anos+fez+historia+na+regiao.aspx

2 comentários:

  1. Amigos, boa tarde!

    Fui paciente do Dr. Raya por quase 20 anos. É muito difícil traduzir em palavras a imensa gratidão que minha família tem por esse admirável pediatra. Até hoje mamãe chora, e eu idem, pelos incontáveis benefícios proporcionados por Dr. Raya. Tenho certeza que inúmeras mães, todos os dias, elevam pensamentos de profundo carinho a esse Espírito querido, que salvou e curou, em nome de Deus, a inúmeras crianças. Dr. Raya fez fez da Medicina um Hino de amor a Deus e ao próximo.

    Sê feliz, meu querido médico, e que Deus lhe envolva em bênçãos de muita paz!

    Do ex-paciente e irmão menor,

    Ronaldo Henrique de Campos
    (São Carlos/SP)

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  2. Com todo o meu amor, respeito, amizade em fim não encontro mais sinônimo para dedicar homenagem singela e com muita saudades desse ser altamente especial que foi o Senhor Dr. Luiz Carlos Raya.
    Um homem que eu tive o prazer, a honra de conhecê-lo como médico dos meus filhos, netos, um verdadeiro profissional que ele sim foi merecedor do título de Dr. pois o era.
    Quantas vezes aflita, muito aflita, cheguei em seu consultório em Ribeirão Preto e com toda a sua seriedade, capacidade, inteligência, medicava meus filhos, orientava-me, pedindo para que eu mantivesse a fé, a confiança em Deus e ainda brincando com seu sorriso de canto de boca pois, era sério muito sério dizia-me:-
    Um boa prece e um chazinho de hortelã também ajuda e muito porém, dentre tanta seriedade lembro-me do seu sorriso mais doce, feliz e um tanto desconsertado, quando minha filha já um pouco crescidinha, abraço-o dando-lhe um beijo carinhoso em seu rosto e, quanto ele veio com minha primeira neta que acabara de nascer em seus braços afetuoso dizendo-me:-
    Sei que a emoção é muito grande, mais pare de chorar tanto assim, se não vou-lhe dar um tapas e aí vais chorar de dor e senti-lo também emocionado pois,disse a minha filha:-
    Também sou avó desse ser. Seja feliz e quero continuar cuidando dessa menininha. E assim o foi, de quase todos porque o seu desencarne veio e deixando a todos da minha família e de uma infinidade de pessoas sem contar é claro da sua família e parente um vazio imenso e uma saudades dorida mas, com uma certeza plena de um encontro amigo, fraterno do outro lado da vida pois, ninguém morre e sim vive-se para sempre.
    Quantas vezes e a qualquer horário da madrugada ligava em sua residência e, ele no primeiro toque do telefone e meio sonolento me atendia, ouvia meu choro aflito contando-lhe o que se passava com minhas crianças e me receitava um lenitivo para depois levá-los no dia seguinte no consultório, e, atendê-los devidamente.
    Anos e anos se passaram ate que, cresceram, tornara-se adolescentes e ainda assim os consultava. Casaram-se e por suas mãos carinhosas, benditas, acolhedora recebeu meus netos.
    Há! Senhor Dr. Raya.
    Quantas vidas salvou, quantas mães aliviou de todas as cidades, quanta caridade as escondidas fez, quantos remédios distribuiu, quanto a mim ajudou em fases difíceis de minha vida porém, jamais deixou de me auxiliar e atender aos meus apelos em questões de doenças das minhas crianças.
    A senhora Wanda sua esposa dedicada, amada, doce e suas meninas jamais foram deselegante, todas as vezes que necessitei ligar em sua residência pedido para chamá-lo.
    Tive a dor da desencarnação de meu pai biológico em 1.974 mais, em 1.975, O Criador colocou em meu caminho um pai onde, aprendi a respeitá-lo como um verdadeiro profissional de Medicina,como um homem integro em todos os sentidos, um verdadeiro Homem de Bem diante da sua caminhada evolutiva no orbe terrestre.
    Fez e deixou um legado de puro amor pela vida, pela humanidade, pela família, amigos e os filhos que adotava como sendo seu em seu consultório.
    Que O Mestre Jesus de Nazaré, tenha lhe dado toda a glória que tenho eu a certeza que foi merecida.
    Saudades eterna meu bom médico, meu pai mais que querido.

    A mãe não mais aflita porém, a mãe que ora pedindo ao Criador que continue a abençoá-lo onde estiver e que serviço em Sua Seara de Amor não lhe falte nunca, e que lembra-me do Senhor com infinito carinho, ternura e amor.

    Bênção de muita paz e luz Dr. Luiz Carlos Raya.

    Tânia Regina Bertolino de Campos
    São Carlos/SP

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