domingo, 4 de dezembro de 2011

Dr. Socrates e Dr. Paulo Achê - Futebol



Nesta foto o Dr. Socrates (segundo em pé da esq. para a dir.)junto ao Dr. Paulo Achê (ultimo em pé da esq. para a dir.) e o Dr. Paulo Nicolau Achê ainda menino (terceiro agachado da esq. para a dir.).

O ex-jogador Sócrates, 57 anos, morreu na madrugada deste domingo, em São Paulo, no Hospital Israelita Albert Einstein, em consequência a um choque séptico (infecção generalizada provocada por bactéria). Nas duas internações anteriores, ele enfrentou hemorragias digestivas decorrentes do consumo prolongado de bebidas alcoólicas. "O meu fígado tem alguns problemas, mas ele funciona bem. Boa parte dele funciona bem. Só que ele chegou num ponto de absoluta incompatibilidade com o álcool", declarou o ídolo, em entrevista a Juca Kfouri, em agosto.
"Quero mudar meu país, quero mudar meu povo, sempre. Eu acho que a vida é a coisa mais importante que nós temos. Por que eu vou jogar fora?", completou Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira, ainda no hospital.
Mais do que um ídolo do futebol, Sócrates era um Doutor Cidadania. No Corinthians, ele disputou 297 jogos, marcou 172 gols e venceu três Campeonatos Paulistas. Nos gramados da política, notabilizou-se com a mesma desenvoltura de craque. Foi um dos líderes da Democracia Corintiana, um sistema que estendia as decisões internas ao elenco de jogadores, no início dos anos 80. Paralelamente, subiu nos palanques das Diretas-Já, em defesa da redemocratização do Brasil.
"Há uma epidemia de jogadores mudos", diagnosticou Sócrates, em recente entrevista a Terra Magazine. Num esporte marcado por tantos silêncios, era quase uma estrela solitária, a persistir na luta pela democratização do futebol.



http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI5502403-EI6598,00.html